Westmoreland de “Para Sempre Alice” fala sobre a experiência de codirigir o drama

O drama Para Sempre Alice, que estreia em 12 de março no Brasil, teve Wash Westmoreland como codiretor ao lado de Richard Glatzer, que foi diagnosticado com uma doença degenerativa motora meses antes de receber a proposta para dirigir o longa.

Para Sempre Alice conta a história de Alice, uma professora de Psicologia na prestigiada Universidade de Harvard que enfrenta, aos 50 anos, o diagnóstico de Alzheimer de Instalação Precoce. O longa é baseado no livro “Still Alice” de Lisa Genova.

Westmoreland revelou que, “lendo os primeiros capítulos do livro, algumas similaridades ressoaram a nossa própria experiência, tanto médica quanto emocionalmente. Alzheimer e E.L.A. são basicamente opostas uma à outra – uma destrói o cérebro e deixa o corpo intacto, e a outra destrói o corpo e deixa o cérebro intacto, mas ambas são terminais, incuráveis e tem o efeito de isolar o paciente. E ambas comprometem a noção de identidade e exigem grande coragem no tratamento”.

O codiretor chegou até mesmo a questionar se aquele seria o melhor momento para ele e seu companheiro realizarem um filme que traz essas questões. Mas ambos foram convencidos a fazerem o longa devido à personalidade da personagem Alice e sua determinação em não se deixar vencer pela doença.

Quanto ao diretor Glatzer, mesmo já incapaz de vestir ou se alimentar sozinho e se comunicando apenas por meio de mensagens digitadas com um único dedo, ele compareceu a todos os dias das filmagens. A atitude de Glatzer modificou o modo como o longa foi realizado, segundo Westmoreland.

Para o codiretor, “essa determinação foi silenciosamente se combinando com a produção, dando ao nosso trabalho a sensação de um propósito mais profundo e maior”.