Após denúncias de assédio, Bryan Singer deve dirigir a aventura "Red Sonja"

Bryan Singer está fora do radar no último ano, mesmo que tenha um grande lançamento prestes a chegar aos cinemas. O diretor assina Bohemian Rhapsody, biografia do grupo Queen, mas foi colocado de escanteio pela Fox depois de repetidamente não aparecer no set, o que agravou acusações de assédio datadas de 2003. Mesmo assim, a Millennium, produtora de filmes de ação como Os Mercenários e Invasão à Casa Branca, vai pagar um salário na casa dos sete dígitos para Singer dirigir Red Sonja, que relança a heroína dos quadrinhos no cinema.

O projeto está flutuando por Hollywood há uma década, e chegou a ser anunciado com Robert Rodriguez na direção e Rose McGowan como protagonista. Mas só agora, aproveitando a tração causada por Mulher-Maravilha, que o produtor Avi Lerner acendeu o sinal verde – ele produz ao lado do parceiro Joe Gatta, da Millennium, além de Mark Canton e Courtney Solomon, da Cinelou.

É a chance para Singer reabilitar sua imagem, chamuscada na sombra do movimento #MeToo, quando acusações de assédio foram apontadas em seu nome. O diretor já havia enfrentado um processo por estupro em 2014, pouco antes do lançamento de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, e outras acusações similares ressurgiram ano passado. Nada foi provado, mas bastou para que Singer se retraísse. Sua situação foi agravada quando ele simplesmente desapareceu das filmagens de Bohemian Rhapsody, dias antes de o filme ser finalizado – Dexter Fletcher comandou o set por uma semana, mas Singer manteve seu crédito como diretor.

“Nenhuma das acusações parecem ter mérito”, justificou Avi Lerner ao apostar em Singer para Red Sonja. A personagem foi criada pelo roteirista Roy Thomas como parte do universo de Conan, o bárbaro nos quadrinhos, e foi levada ao cinema anteriormente em 1985, em uma produção de Dino De Laurentiis, com Brigitte Nielsen e Arnold Schwarzenegger. O novo filme tem roteiro de Ashley Miller, que trabalhou com Singer em X-Men - Primeira Classe.