A objetificação da mulher a partir da personagem principal é um dos assuntos tratados em A Moça Do Calendário, de Helena Ignez, que estreia nos cinemas dia 27 de setembro.
O filme nacional é baseado em um roteiro escrito por seu marido, Rogério Sganzerla, antes de sua morte, em 2004. O texto foi adaptado por Helena e fala sobre as contradições do país, a luta de classes, as questões de gênero e o sonho como agente libertador.
A trama acompanha Inácio (André Guerreiro Lopes), ex-gari, mecânico e dublê de dançarino desmotivado que trabalha numa oficina mecânica e sonha com uma Moça do Calendário (Djin Sganzerla), musa dos seus desejos e fantasias. Segundo a diretora, quando a protagonista é a projeção de Inácio, ela o surpreende completamente. “Enquanto ele tem seus pensamentos de posse machista, ela consegue o transformar aos poucos por meio de seus foras e diálogos liberais”, completa.
Com distribuição da Pandora Filmes, A Moça Do Calendário é um roteiro feminista em um universo masculino.